18 de junho de 2015

Na reunião desta quinta-feira, 18 de junho, do Fórum de Debates e Reivindicações da AOMESP, os associados assistiram a uma aula do médico Paulo Sakuramoto. “Aula” porque o conteúdo de sua palestra foi o mesmo das aulas ministradas aos alunos de quarto ano de medicina, na Faculdade de Medicina Fundação ABC, onde Sakuramoto leciona quase todos os dias. O sistema urinário masculino, especialmente a próstata, foi o assunto da aula.

Paulo Sakuramoto é Major Médico da Polícia Militar; está aposentado há dois anos. Milhares de policiais militares passaram em consulta com ele, no ambulatório do HPM, e outros tantos foram operados. Muitos dos antigos pacientes permanecem fiéis até hoje, passando por consultas em seu consultório particular na Vila Mariana (Rua Pedro de Toledo, 980 – conjunto 96 – telefone 5571-3609). Na reunião da AOMESP, pelo menos seis dos presentes já o conheciam.

Neste contato com os associados da AOMESP, ele falou especialmente sobre próstata, desde os aspectos anatômicos até as principais doenças que a acometem, inclusive o câncer. Sakuramoto falou de prevenção – mostrando a importância dos exames laboratoriais e do toque retal –, de remédios e de métodos cirúrgicos, alertando os associados sobre técnicas que ainda estão em experiência. “Nem sempre a cirurgia é necessária”, afirmou.

O médico aconselhou os associados a visitar o urologista pelo menos uma vez por ano. Nessas consultas, o especialista irá solicitar o exame de sangue que mede o PSA (Antígeno Prostático Específico) e vai fazer o toque retal. Sakuramoto afirmou que este exame, que muitos homens não querem fazer por puro preconceito, é fundamental para que o médico estabeleça o diagnóstico correto. “Há casos de pacientes com PSA baixo que estão com câncer”, contou. “Só com o toque o médico é capaz de notar nódulos na próstata”, esclareceu.

Sakuramoto ilustrou sua palestra com vários exemplos. Muitos homens, contou, acham “normal” levantar-se três, quatro vezes à noite para ir ao banheiro urinar. Estes costumam falar que isso é normal em pacientes idosos, o que não é verdade. Por outro lado, essa necessidade tampouco é indicativa de câncer. Pode ser apenas um crescimento normal da próstata – chamado de “hiperplasia benigna – tratável com medicamentos. Mas só o urologista pode estabelecer este diagnóstico a partir dos exames laboratoriais e do toque retal.

Ao final da palestra, Sakuramoto ainda ficou por um bom tempo no Salão Social da AOMESP conversando com alguns associados. O Cel PM Ricardo Jacob, que conduziu a reunião, elogiou a palestra e agradeceu ao médico pela participação no Fórum de Debates e Reivindicações.